Lisboa com tantas casas, com tanta vida não minha. - Vouzela, povo inúmero, imensa alma, fibras doloridas. - Alexandrina, para o Cristo Eucarístico: O certo é que viesTe ter comigo. - As pedras da minha rua desenham-me uns sonhos bailarinos; amanhecendo a anil os melhores céus. - Enlaçados, exalçamo-nos até à soberana alegria. - Alvorecerem flores seu fascínio. - Findo meu erro comigo, durmo um sono antigo sob enorme mar. - Não ligues, amor, que vou na distância a florir. - Em Manteigas, um repuxo, sob dependentes chorões, esparze desmaios; enquanto luz indeciso matiz. - Gouveia, Largo de S. Pedro, diluem-se borrões num vislumbrar. - Belmonte, vegetação absoluta. - Fugir a rua a conversas ciciadas. - A cor orquídea os projecta. (final de Périplo Navegante...)
Lisboa
ResponderEliminarcom tantas casas,
com tanta vida
não minha.
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Vouzela,
povo inúmero,
imensa alma, fibras doloridas.
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Alexandrina,
para o Cristo Eucarístico:
O certo é que viesTe ter comigo.
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As pedras da minha rua
desenham-me uns sonhos bailarinos;
amanhecendo a anil os melhores céus.
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Enlaçados,
exalçamo-nos
até à soberana alegria.
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Alvorecerem flores
seu fascínio.
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Findo meu erro comigo,
durmo um sono antigo sob enorme mar.
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Não ligues, amor,
que vou na distância a florir.
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Em Manteigas, um repuxo, sob dependentes chorões,
esparze desmaios; enquanto luz indeciso matiz.
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Gouveia, Largo de S. Pedro,
diluem-se borrões num vislumbrar.
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Belmonte,
vegetação absoluta.
-
Fugir a rua
a conversas ciciadas.
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A cor
orquídea
os projecta.
(final de Périplo Navegante...)